sábado, 12 de fevereiro de 2011

críticas:Piranha 3D


Sexo, suor e sangue. Estas três palavras resumem a tag da capa brasileira de Piranha 3D. Muito sangue jorrado e muito suor exalado pelos atores para nadar desesperadamente contra os ataques das piranhas. Mas, e o sexo? Fica a cargo do excesso de peitos provenientes das assanhadas jovens que só querem beber e dançar à beira do lago – o pode incomodar as mulheres e alegrar os homens –, como a cena da dança aquática entre duas mulheres nuas embaladas por música clássica.
Piranha 3D se divide em duas histórias que não conseguem estabelecer uma conexão. Na primeira, a xerife Julie Forester (Elisabeth Shue, de O Amigo Oculto) de uma pequena cidade às margens do Lago Victoria, nos EUA, tenta ao lado de uma pequena equipe de pesquisadores descobrir o que matou o pescador Matt Boyd. Na segunda história, temos o filho da xerife, Jake Forester (Cody Kennedy) que fica em um local afastado do rio com o diretor de filmes pornôs Derrick Jones (Jerry O’ Connell, de Bebê a bordo) e suas atrizes Danni (Kelly Brook) e Crystal (Riley Steele). Para reforçar o time, junta-se à trupe a desnecessária Kelly (Jessica Szohr), amor da adolescência de Jake. São muitos rostos desconhecidos que conseguem ao menos nos convencer do que se mostra em cena. Junta-se a eles Christopher Lloyd (da saga De Volta para o Futuro) como o pesquisador Goodman, a quem Julie e os pesquisadores recorrem para tentar descobrir que é aquele peixe que está devorando todos que encontra pela frente.
O longa não foi gravado e sim editado em 3D. E o resultado foi um tanto quanto catastrófico, crítica reforçada por James Cameron (que curiosamente dirigiu Piranha II - Assassinas Voadoras em 1981). As lentes dos óculos 3D mais incomodam do que passam realidade. São poucas as cenas de tridimensão. Uma pena, porque o recurso poderia ter sido melhor aproveitado do que simplesmente com objetos e partes do corpo lançados na cara do espectador.
Dirigido por Alexandre Aja (de Viagem Maldita), o longa se atreve a se classificar como terror, mas faz mais rir do que dá medo. As cenas cômicas são bem colocadas, como a engraçada cena do pênis decepado. E também consegue assustar em alguns momentos. Assusta mais pelo aumento ensurdecedor do som quando as piranhas de aspecto quase alienígena atacam. Piranha 3D é um filme mediano que não se leva a sério e não pretende que os seus espectadores o tratem desta forma. As histórias são mal encaixadas, as explicações (quando existentes) dos fatos soam quase que inverossímeis e há muitas atuações ruins e “canastronas”. Mas, as mortes provenientes dos ataques das piranhas são muito bem feitas. Palmas para a equipe de maquiagem.
Conselhos sempre são bons ao indicar um filme. Portanto, aconselho que não coma durante a exibição, porque você vai precisar e muito do seu estômago. E o mais importante: nunca jogue garrafas na água, pois nunca se sabe quando uma delas poderá provocar um abalo tão grande no fundo do rio a ponto de provocar uma carnificina.
Matadores de vampiras lésbicas
      
        Matadores de vampiras lésbicas, comédia de 2009, tem um enredo que não se dá o trabalho de aprofundar e explicar seus próprios detalhes. A história tem como protagonistas Fletch (James Corden), que acabou de perder seu emprego e seu amigo Jimmy (Mathew Horne), que perdeu mais uma vez a namorada. Eles decidem, então, viajar nas férias; e sem um destino pré-estabelecido, lançam um dardo no mapa que encontra a cidade de Cragwich, na Inglaterra. O que os amigos não sabem, é que, neste vilarejo, mulheres são vítimas de uma lendária vampira lésbica. 
        O diretor Phil Claydon pensou no marketing perfeito, a começar pelo título um tanto quanto inútil e tentador. Aliou a estes elementos um grupo de belas mocinhas, que conhecem Fletch e Jimmy, já que se hospedam na mesma casa abandonada que os rapazes. As moças, do tipo burras, porém gostosas, somem uma a uma, atraídas pelas vampiras lésbicas, restando apenas uma do grupo, a que parece ser a mais inteligente: Lotte (MyAnna Buring), que se junta à dupla de amigos trapalhões para enfrentar as sugadoras de sangue antes que a poderosa-rainha-vampira-lésbica Carmilla, morta a séculos atrás pelo barão McLaren, volte à vida e domine o mundo transformando todas as mulheres em vampiras lésbicas. E só. O enredo se constrói assim, sem muitas delongas. 
        Contando com rostos desconhecidos do público brasileiro, Matadores de vampiras lésbicas corre em 88 minutos num clima totalmente trash, uma comédia que tenta ser picante e piadinhas que, no geral, são bem colocadas. O que não se pode dizer dos efeitos especiais, que beiram ao horror e ao ridículo, de tão mal feito e explícito, digno de principiantes. Mas, este é um mero detalhe da fórmula construída pelo diretor Claydon. Isto passaria despercebido incluindo-se vampiras lésbicas, sussurrantes e com pouca roupa; que muito se lambem e se esfregam e pouco mordem (se é que isto pode vir a fazer parte de algum fetiche masculino). A intenção era justamente atrair adolescentes famintos pelo gênero de terror e vampiros. Quem sabe este não foi o motivo do longa ter sido exibido nas salas de cinema?
        A veia cômica de Matadores fica por conta do gordinho caricato Fletch. Louco, é claro, por mulheres (mas que não conquista nenhuma), sente-se inconformado por moças tão belas serem lésbicas e não sobrar nada para ele. Ao lado do vigário do vilarejo, que tenta salvar a filha da maldição das vampiras, o ator James Corden protagoniza cenas muito divertidas sem apelações. Já a parte péssima do filme fica com a horrível e nada empolgante dublagem de João Gordo. Realmente não funcionou. Melhor, atrapalhou. João nunca tinha dublado, e isto fica claro na sua colaboração sem ritmo e em total descompasso com as expressões faciais e corporais de Fletch, o gordinho simpático. Fica a dica para assistir com o áudio original em inglês.
        Matadores de vampiras lésbicas está na linha mediana da aprovação. Não chega a ser uma comédia de matar de rir. Mas também não mata de raiva. É tão bobo e simples que chega a ser hilário.
Matadores de vampiras lésbicas
      
        Matadores de vampiras lésbicas, comédia de 2009, tem um enredo que não se dá o trabalho de aprofundar e explicar seus próprios detalhes. A história tem como protagonistas Fletch (James Corden), que acabou de perder seu emprego e seu amigo Jimmy (Mathew Horne), que perdeu mais uma vez a namorada. Eles decidem, então, viajar nas férias; e sem um destino pré-estabelecido, lançam um dardo no mapa que encontra a cidade de Cragwich, na Inglaterra. O que os amigos não sabem, é que, neste vilarejo, mulheres são vítimas de uma lendária vampira lésbica. 
        O diretor Phil Claydon pensou no marketing perfeito, a começar pelo título um tanto quanto inútil e tentador. Aliou a estes elementos um grupo de belas mocinhas, que conhecem Fletch e Jimmy, já que se hospedam na mesma casa abandonada que os rapazes. As moças, do tipo burras, porém gostosas, somem uma a uma, atraídas pelas vampiras lésbicas, restando apenas uma do grupo, a que parece ser a mais inteligente: Lotte (MyAnna Buring), que se junta à dupla de amigos trapalhões para enfrentar as sugadoras de sangue antes que a poderosa-rainha-vampira-lésbica Carmilla, morta a séculos atrás pelo barão McLaren, volte à vida e domine o mundo transformando todas as mulheres em vampiras lésbicas. E só. O enredo se constrói assim, sem muitas delongas. 
        Contando com rostos desconhecidos do público brasileiro, Matadores de vampiras lésbicas corre em 88 minutos num clima totalmente trash, uma comédia que tenta ser picante e piadinhas que, no geral, são bem colocadas. O que não se pode dizer dos efeitos especiais, que beiram ao horror e ao ridículo, de tão mal feito e explícito, digno de principiantes. Mas, este é um mero detalhe da fórmula construída pelo diretor Claydon. Isto passaria despercebido incluindo-se vampiras lésbicas, sussurrantes e com pouca roupa; que muito se lambem e se esfregam e pouco mordem (se é que isto pode vir a fazer parte de algum fetiche masculino). A intenção era justamente atrair adolescentes famintos pelo gênero de terror e vampiros. Quem sabe este não foi o motivo do longa ter sido exibido nas salas de cinema?
        A veia cômica de Matadores fica por conta do gordinho caricato Fletch. Louco, é claro, por mulheres (mas que não conquista nenhuma), sente-se inconformado por moças tão belas serem lésbicas e não sobrar nada para ele. Ao lado do vigário do vilarejo, que tenta salvar a filha da maldição das vampiras, o ator James Corden protagoniza cenas muito divertidas sem apelações. Já a parte péssima do filme fica com a horrível e nada empolgante dublagem de João Gordo. Realmente não funcionou. Melhor, atrapalhou. João nunca tinha dublado, e isto fica claro na sua colaboração sem ritmo e em total descompasso com as expressões faciais e corporais de Fletch, o gordinho simpático. Fica a dica para assistir com o áudio original em inglês.
        Matadores de vampiras lésbicas está na linha mediana da aprovação. Não chega a ser uma comédia de matar de rir. Mas também não mata de raiva. É tão bobo e simples que chega a ser hilário.

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