sábado, 12 de fevereiro de 2011

críticas:Matadores de vampiras lésbicas

      
        Matadores de vampiras lésbicas, comédia de 2009, tem um enredo que não se dá o trabalho de aprofundar e explicar seus próprios detalhes. A história tem como protagonistas Fletch (James Corden), que acabou de perder seu emprego e seu amigo Jimmy (Mathew Horne), que perdeu mais uma vez a namorada. Eles decidem, então, viajar nas férias; e sem um destino pré-estabelecido, lançam um dardo no mapa que encontra a cidade de Cragwich, na Inglaterra. O que os amigos não sabem, é que, neste vilarejo, mulheres são vítimas de uma lendária vampira lésbica. 
        O diretor Phil Claydon pensou no marketing perfeito, a começar pelo título um tanto quanto inútil e tentador. Aliou a estes elementos um grupo de belas mocinhas, que conhecem Fletch e Jimmy, já que se hospedam na mesma casa abandonada que os rapazes. As moças, do tipo burras, porém gostosas, somem uma a uma, atraídas pelas vampiras lésbicas, restando apenas uma do grupo, a que parece ser a mais inteligente: Lotte (MyAnna Buring), que se junta à dupla de amigos trapalhões para enfrentar as sugadoras de sangue antes que a poderosa-rainha-vampira-lésbica Carmilla, morta a séculos atrás pelo barão McLaren, volte à vida e domine o mundo transformando todas as mulheres em vampiras lésbicas. E só. O enredo se constrói assim, sem muitas delongas. 
        Contando com rostos desconhecidos do público brasileiro, Matadores de vampiras lésbicas corre em 88 minutos num clima totalmente trash, uma comédia que tenta ser picante e piadinhas que, no geral, são bem colocadas. O que não se pode dizer dos efeitos especiais, que beiram ao horror e ao ridículo, de tão mal feito e explícito, digno de principiantes. Mas, este é um mero detalhe da fórmula construída pelo diretor Claydon. Isto passaria despercebido incluindo-se vampiras lésbicas, sussurrantes e com pouca roupa; que muito se lambem e se esfregam e pouco mordem (se é que isto pode vir a fazer parte de algum fetiche masculino). A intenção era justamente atrair adolescentes famintos pelo gênero de terror e vampiros. Quem sabe este não foi o motivo do longa ter sido exibido nas salas de cinema?
        A veia cômica de Matadores fica por conta do gordinho caricato Fletch. Louco, é claro, por mulheres (mas que não conquista nenhuma), sente-se inconformado por moças tão belas serem lésbicas e não sobrar nada para ele. Ao lado do vigário do vilarejo, que tenta salvar a filha da maldição das vampiras, o ator James Corden protagoniza cenas muito divertidas sem apelações. Já a parte péssima do filme fica com a horrível e nada empolgante dublagem de João Gordo. Realmente não funcionou. Melhor, atrapalhou. João nunca tinha dublado, e isto fica claro na sua colaboração sem ritmo e em total descompasso com as expressões faciais e corporais de Fletch, o gordinho simpático. Fica a dica para assistir com o áudio original em inglês.
        Matadores de vampiras lésbicas está na linha mediana da aprovação. Não chega a ser uma comédia de matar de rir. Mas também não mata de raiva. É tão bobo e simples que chega a ser hilário.

0 comentários:

Postar um comentário